Publicado em 15 de Julho de 2021 às 14:48 em: Exames
Instituída pela Organização Mundial de Saúde (OMS), a data 28 de julho é conhecida como o Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites Virais, que busca focar na necessidade de prevenção contra as doenças. De acordo com o Ministério da Saúde, no Brasil, as hepatites virais mais comuns são causadas pelos vírus A, B e C. Existem, também, com menor frequência, os vírus D e E, sendo a última encontrada com maior facilidade na África e na Ásia.
As hepatites se caracterizam como uma infecção que atinge o fígado, causando alterações leves, moderadas ou até graves. Na maioria das vezes, são silenciosas. Entretanto, os sintomas podem se manifestar de diversas formas, como por exemplo, cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras.
Hepatite C: a mais grave e uma das mais frequentes no Brasil
A hepatite C é considerada a mais agressiva e acaba se tornando crônica em 75% dos casos. “No início, a doença não passa de uma pequena inflamação hepática, mas que, progressivamente, pode evoluir para uma fibrose que, se não tratada, leva à cirrose hepática E, consequentemente, a um câncer de fígado. Cerca de 30% dos portadores deste vírus correm risco de evolução para uma doença hepática avançada”, alerta o médico imunologista e geneticista do laboratório Genomika Einstein, João Bosco Oliveira. Além disso, o tipo C é a principal causa de transplantes de fígado.
Para tornar o tratamento da hepatite C mais assertivo, o laboratório Genomika Einstein realiza o HCV Genotipagem. O teste se torna necessário porque nem todas as pessoas apresentam respostas satisfatórias às terapias normalmente utilizadas. Isso acontece porque o vírus causador da doença, o HCV, possui genótipos diferentes, nomeados de 1 a 6 e subclassificados em subtipos.
Os HCVs de genótipo 1 estão ligados a um prognóstico desfavorável, além de apresentarem pior resposta ao tratamento, enquanto os vírus dos tipos 2 e 3 apresentam melhor resposta aos medicamentos. “Por este motivo, o tratamento de pacientes com genótipos 2 e 3 pode ser feito por apenas 6 meses, dependendo da carga viral, enquanto os pacientes com genótipo 1 devem ser sempre tratados por 1 ano”, conclui o especialista. Identificar o tipo exato do vírus através do exame genético pode ajudar a guiar um tratamento mais seguro e eficiente.