Publicado em 20 de Fevereiro de 2020 às 15:17 em: Exames
Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o Brasil poderá ter 625 mil novos casos da doença no ano de 2020. Desses, mais de 50% deverão ocorrer em homens e 49,7% em mulheres. Ainda segundo o Inca, a cada ano, mais de sete milhões de pessoas morrem em todo o mundo acometidas por algum tipo de câncer. No entanto, a pesquisa também aponta que 80% desses casos podem ser curados com o diagnóstico precoce.
O mês de fevereiro é marcado por campanhas de conscientização e combate à doença. Há 20 anos, o dia 4 de fevereiro foi instituído como o Dia Mundial do Câncer e mobiliza centenas de pessoas. A data é uma iniciativa da União Internacional para Controle do Câncer (UICC) e foi disseminada no Brasil pela Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (Femama). Ainda de acordo com a pesquisa do Inca, cerca de 1,5 milhão de mortes por câncer poderiam ser evitadas anualmente com medidas de prevenção adequadas.
Hoje em dia já é possível avaliar a probabilidade de câncer através de exames genéticos, que estão cada vez mais acessíveis. Um dos testes específicos é o Painel Ampliado de Risco Hereditário do Câncer, que avalia 145 genes associados a diversos tipos da doença, como o de mama, intestino, próstata, endométrio, entre outros. Com o mapeamento genético realizando, o paciente e o médico podem planejar o melhor programa de prevenção para a doença, com dados personalizados baseados na sua constituição genética.
Além disso, aqueles que já foram diagnosticados com a doença também podem recorrer aos exames genéticos para buscarem o tratamento mais adequado e eficaz. “O Oncoscreen é utilizado para definir quais as melhores formas de tratar a doença. É um exame realizado no DNA e RNA do tumor para definir que drogas podem ser mais eficientes no tratamento daquele câncer. No teste, são detectadas fusões gênicas, alterações na sequência das bases de DNA e no número de cópias de 52 genes diferentes. A definição dessas alterações genéticas permite uma caracterização rápida e segura de cada caso analisado, com ganho de tempo e segurança nas decisões que serão tomadas”, explica João Bosco Oliveira, médico imunologista e geneticista, sócio-fundador da Genomika Einstein, laboratório pioneiro de genética clínica no Recife.
Para o paciente, o processo de coleta para a realização desses exames, é simples. Uma amostra de sangue ou saliva é coletada e com isso, ela é processada no laboratório, onde é realizada a extração do DNA que está presente nas células e levado para análise.