Publicado em 8 de Março de 2018 às 09:37 em: Notícias
No Dia Internacional da Mulher (8 de Março), nada mais justo e importante do que falar sobre a saúde delas. Ainda mais sabendo que, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o público feminino é o mais afetado pelo câncer – muito devido ao alto nível de estresse por causa da tripla jornada de trabalho e também por questões genéticas. E quando se fala em cuidado com a saúde da mulher, é fundamental entender que a prevenção é o primeiro passo para uma vida mais tranquila. Isto significa dizer também que, se houver qualquer indicativo para a possibilidade de alteração genética, é importante descobrir o quanto antes a fim de tratar o mais rápido possível. O diagnóstico precoce ainda é fator determinante para a cura.
No caso dos cânceres de mama e ovário hereditário, os genes culpados mais frequentes são o BRCA1 e BRCA 2. É uma condição rara, responsável por apenas 5% a 7% do total de casos diagnosticados destas neoplasias. No entanto, se uma mulher herda de um de seus genitores uma mutação deletéria (prejudicial) nestes genes, o risco de desenvolver estes tumores ao longo da vida é muito maior - algo em torno de 60% e 40%, para câncer de mama e ovário, respectivamente. Esse fato chama a atenção ainda para o cuidado na hora de planejar crescer a família, pois – se uma pessoa do casal carregar uma dessas mutações – há 50% de chances de seus descendentes a herdarem.
Já em relação ao câncer de colo de útero ou cervical, mesmo causado pelas persistentes infecções por subtipos oncogênitos do Papilomavírus Humano (HPV), também gera alterações genéticas. Neste caso, genes como EPCAM e MLH1 demonstram mutações prejudiciais. Para se ter ideia, aproximadamente 291 milhões de mulheres no mundo são portadoras do vírus, sendo que 32% estão infectadas pelos subtipos que geralmente estão atrelados ao câncer (16 e 18). É o que aponta o Inca.
Na Genomika, todas essas anormalidades genéticas que prejudicam a saúde da mulher podem ser detectadas pelo Painel Ampliado de Risco Hereditário de Câncer. “Esse exame tem a capacidade de identificar alterações em 38 genes que podem indicar a predisposição a desenvolver certos tipos de cânceres em algum momento de sua vida”, explica o diretor do laboratório, João Bosco. Para realizá-lo, basta a coleta de uma amostra de saliva do paciente. Ao ser identificado o risco de desenvolver o câncer, a mulher ganha a oportunidade de realizar um programa de tratamento personalizado e com atenções especiais junto ao seu médico.
De acordo com a regulamentação da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) de dezembro de 2013, alguns testes genéticos já são cobertos integralmente pelos planos de saúde – incluindo os testes de sequenciamento dos genes BRCA1 e BRCA2, desde que o paciente preencha alguns critérios. Verifique com seu convênio de saúde sobre a cobertura, documentação e pré-requisitos necessários.