Publicado em 21 de Março de 2018 às 15:43 em: Notícias
Na noite de ontem (20), os principais médicos hematologistas do Recife se reuniram em um jantar promovido pela Genomika, em parceria com o Hospital Israelita Albert Einstein, para conversar sobre a importância da imunofenotipagem por citometria de fluxo nas doenças onco-hematológicas, com foco em doença residual mínima. Quem comandou a palestra e tirou dúvidas sobre o tema foi o médico hematologista, patologista clínico e especialista em citometria de fluxo do laboratório central do Einstein, Rodrigo Barroso.
Em uma conversa descontraída e rica em conteúdo, o médico Barroso explicou como funciona o meticuloso processo de diagnóstico de condições como leucemia aguda e crônica, linfomas, mielodisplasia, mieloma múltiplo, síndromes mieloproliferativas e outras. Essas doenças, caracterizadas como "onco-hematológicas", surgem por causa de alterações no controle de anticorpos expressos por cada célula sanguínea em nosso organismo. Quando existe essa disfunção, a multiplicação desordenada de células faz com que elas invadam o lugar de células normais e, por fim, causem o aparecimento de câncer ou neoplasia.
Para identificar as expressões antigênicas, que são as células problemáticas, o trabalho em laboratório precisa ser detalhista e rigoroso. Por isso, a citometria de fluxo multiparamétrica dá a precisão que o diagnóstico exige e facilita o trabalho dos médicos na hora de realizar o acompanhamento terapêutico. "Ninguém gosta de identificar esses problemas e ter que tratá-los, assim como ninguém gostaria de tê-los. Portanto, é necessário muita responsabilidade na hora de emitir o laudo”, explicou o médico Barroso.
Na Genomika e no Hospital Albert Einstein, é realizado o painel da Imunofenotipagem por Citometria de fluxo. A técnica permite identificar e avaliar os antígenos celulares (proteínas da membrana celular e intracelular envolvidas na comunicação, adesão ou metabolismo celular) através da utilização de anticorpos monoclonais. Os citômetros de fluxo são capazes de identificar quatro ou mais antígenos diferentes simultaneamente e gerar informações detalhadas sobre o tamanho, complexidade e imunofenótipo das células analisadas. “No entanto, embora o método seja robusto, o diagnóstico hematopatológico permanece dependente, na maior parte dos casos, de informações clínicas e do perfil imunofenotípico. Isso deve ser passado pelos médicos ao laboratório a fim de facilitar a identificação do problema”, chamou a atenção dos colegas, o médico Barroso.