Publicado em 16 de Novembro de 2021 às 16:27 em: Exames
No Brasil, o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens, ficando atrás apenas do câncer de pele não melanoma, segundo informações do Instituto Nacional de Câncer (INCA). Dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) mostram que as mortes por câncer de próstata aumentaram cerca de 10% em cinco anos. O Novembro Azul busca reforçar a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de próstata. A doença, que pode ter causas genéticas, quando é identificada em sua fase inicial, apresenta maiores chances de recuperação.
Algumas pessoas tendem a ter maior propensão a desenvolver certos tipos de cânceres devido à herança genética. As mutações genéticas são comuns e acontecem muitas vezes nas células do corpo. Porém, geralmente elas são reparadas ou eliminadas pelo próprio organismo. Grande parte das mutações não trazem danos para a saúde, mas algumas podem ampliar o risco de desenvolver câncer, como quando acontece nos genes BRCA1 e BRCA2, que aumenta o risco das mulheres desenvolverem câncer de mama e ovário e dos homens, de próstata. Alterações genéticas são responsáveis por 5% a 10% dos casos de câncer.
“Ao realizar um teste genético, é possível identificar se existe uma mutação dos genes associados a este tipo de câncer. Ao verificar esta alteração e a existência do risco, é possível estabelecer um plano de vigilância, diferente do adotado pela população”, explica o médico imunologista e geneticista do Genomika Einstein, João Bosco Oliveira. A detecção precoce da doença permite um tratamento menos agressivo e menor chance de morte. Devem recorrer aos exames genéticos pessoas que têm casos de câncer de próstata na família. Pacientes que o pai ou irmãos tiveram a doença antes dos 60 anos têm um risco de três a 10 vezes maior do que os homens sem histórico familiar.
O acesso ao exame, atualmente, é facilitado. Com a regulamentação da Agência Nacional de Saúde Suplementar de 2013, os testes de sequenciamento dos genes BRCA1 e BRCA2 passaram a integrar o rol de exames genéticos cobertos integralmente pelos planos de saúde. Caso o paciente preencha alguns critérios e pré-requisitos determinados pela ANS, é possível fazer esses testes através dos convênios. A realização do exame é simples, através da coleta de sangue ou saliva para extração do DNA, permitindo que o sequenciamento seja feito.
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