Publicado em 8 de Abril de 2019 às 14:44 em:
No passado, a estratégia para saber se um determinado medicamento fazia o efeito desejado no paciente era tentativa e erro. O remédio era prescrito e passavam semanas até que e eficácia fosse comprovada ou a necessidade de mudar fosse latente. Porém, a genética evoluiu e hoje em dia, os exames farmacogenéticos, um ramo da medicina personalizada, permitem saber as particularidades de cada pessoa, e através da análise dos genes, consegue ampliar as chances de sucesso de um tratamento.
Os exames farmacogenéticos partem do princípio de que é possível saber, através do genoma do indivíduo, quais drogas são mais efetivas. “É uma área da genética que estuda como os nossos genes podem afetar as respostas aos remédios que a gente toma. A Genomika oferece exames desse tipo voltados para oncologia e psiquiatria. Os resultados guiam os médicos não só para a droga mais efetiva, mas também dá orientações sobre a dosagem necessária”, destaca João Bosco, médico e responsável técnico da Genomika Diagnósticos.
Ainda segundo o médico, o exame é feito com uma amostra de sangue ou saliva. “O teste avalia genes que estão relacionados ao metabolismo de medicamentos. O laudo vai ser voltado exclusivamente para as especificidades de cada paciente, o que reduz a chance de uma recomendação errada”, ratifica.
A técnica utilizada é o sequenciamento de segunda geração (NGS), que faz um painel do genoma do paciente. O teste ainda mostra quais são as drogas que devem ser evitadas por não serem efetivas ou causarem efeitos colaterais severos. “Às vezes, alguns médicos fazem prescrições baseados apenas na experiência profissional e, como cada caso é um caso, nem sempre funciona”, destaca Bosco.